quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cineclube: O Tango de Rashevski

Matriarca de família de judeus novos da Bélgica falece e, com ela, morrem suas tradições. Perdidos dentro dos rituais judaicos, que desconhecem, os Rashevski se vêem em uma luta para definir sua religião e sua união. O surgimento de uma família não-judia no enterro complica as coisas, enquanto romances florescem e segredos do passado são desenterrados.

 Tentem assisti-lo antes do viajarmos!!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

História do Sionismo

“Se quiseres, não será um sonho” Theodor Herzl

O sionismo é o movimento nacional que defende o direito de autodeterminação dos judeus a seu lar nacional - a Terra de Israel - e a soberania judaica neste país.

O anseio por Sion e a imigração judaica jamais cessaram durante o longo período do exílio, que se iniciou com a conquista romana e a destruição do Templo em 70 E.C. Este anseio tomou uma nova forma no século XIX, quando o nacionalismo moderno, o liberalismo e a emancipação forçaram os judeus a enfrentar novas questões, às quais o movimento sionista tentou dar uma resposta. O movimento sionista, liderado por Teodoro Herzl, consolidou o sionismo em movimento político, com a convocação do Primeiro Congresso Sionista em 1897. Herzl foi o primeiro a despertar a atenção da opinião pública mundial.

O movimento sionista enunciou seus objetivos - um lar nacional para o povo judeu na Terra de Israel. O sionismo incluiu diversas tendências, desde o sionismo religioso ao sionismo socialista. Todas elas cooperaram para alcançar a meta do Lar Nacional Judaico, um empreendimento que culminou com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948, em declaração feita pelo primeiro Primeiro Ministro, David Bem Gurion.

A palavra sionismo é derivada do termo bíblico "Sion", usado geralmente como um sinônimo de "Jerusalém" e da Terra de Israel (Eretz Israel). O sionismo é uma ideologia que expressa a profunda aspiração dos judeus de todo o mundo por sua pátria histórica - Sion, a Terra de Israel.

O conceito fundamental da ideologia sionista se expressa na Declaração de Independência de Israel (14 de maio de 1948) que declara, entre outros que:

"A Terra de Israel é a terra natal do povo judeu. Aqui se formou sua identidade espiritual, religiosa e política. Foi aqui que, pela primeira vez, os judeus se constituíram em um estado, criaram valores culturais de significação nacional e universal e deram ao mundo o eterno Livro dos Livros.
Depois de forçado a exilar-se de sua terra, o povo judeu lhe permaneceu fiel em todos os países de sua dispersão, nunca deixando de orar e ter esperança de a ela regressar e restabelecer sua liberdade política.”
 
Texto de Paulo Miragaya

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Kotel Ha´Maaravi





Os visitantes que se encontram no Muro das Lamentações e olham para cima, para as imensas e antigas pedras - os últimos remanescentes do Templo em Jerusalém – estão quase sempre cercados por pessoas: alguns vieram para celebrar o Bar Mitzvah, outros para tirar fotos antes do casamento ou simplesmente para colocar um bilhete com uma oração sincera nas fendas entre as pedras. Mas eles sentem a energia não só do "momento", mas também do grande número de pessoas que durante séculos vieram a este lugar, que é o lugar mais sagrado no mundo para o povo judeu.  

O Muro das Lamentações foi parte do prédio mais magnífico que já existiu em Jerusalém. Foi uma das quatro paredes que Herodes, o Grande construiu para suportar a praça de 144.464.82 metros quadrados na qual o Templo foi erguido. Tinha quase 500 metros de comprimento - o resto ainda pode estar dentro dos Túneis do Muro das LamentaçõesOriginalmente tinha cerca de 30 metros de altura e chegava a ter cerca de 20 metros subterrâneos.

Mas não é por causa da sua grande arquitetura que o Muro das Lamentações se tornou uma parte inseparável do povo judeu. O Rei Salomão, que construiu o Primeiro Templo o disse da melhor forma, com estas palavras: ‘"... ‘Aqui estará o meu nome! ’ Ouve a oração que o teu servo te faz neste lugar. Ouve as súplicas de teu servo e de teu povo Israel, quando aqui orarem. Escuta-os desde tua morada no céu...” (1 Reis 8:29-30). 

Foi Abraão o primeiro a conectar o povo judeu com Jerusalém, quando ofereceu Isaque em sacrifício no Monte Moriá, o Monte do Templo, agora sob a esplanada atrás do Muro.
A rocha da oferta do sacrifício, sobre a qual a Cúpula da Rocha foi construída no final do século VII, é conhecida na tradição judaica com a Pedra Fundamental do mundo. 
O Rei Davi comprou esta terra; e no ano de 586 a.C, o Primeiro Templo de Salomão foi destruído pelos babilônios; Herodes expandiu o Segundo Templo, que foi queimado pelos romanos em 70 d.C, exceto, diz a lenda, pelo Muro das Lamentações, o Muro Ocidental. Foi quando os sábios do Talmude começaram a ensinar: "Este é o Muro Ocidental do Templo, que nunca é destruído porque o shechina [a presença Divina] está no oeste" (Bamidbar Rabah 11:63). 

O Muro recebeu o nome ­– Muro das Lamentações na idade média, pois os judeus foram vistos ali, lamentando a destruição do Templo.  A lenda diz que em Nove de Av, o aniversário da destruição do Templo, o orvalho que brilha sobre as pedras é o Muro em si que está a chorar.  

Durante 19 anos, de 1948 a 1967, quando Jerusalém foi dividida, os judeus foram separados do Muro. Mas, então, na Guerra dos Seis Dias em 7 de junho de 1967, Jerusalém foi reunida.  Desde então o Muro das Lamentações se tornou não só o símbolo das glórias do passado e um lugar para se entregar um pouco, na forma de bilhetes com orações e bendições, mas também um símbolo do amor e da devoção do povo judeu pela sua Cidade Santa, agora e para sempre.